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Há mais de uma década a ONU promove encontros entre os países para discutir o aquecimento global e elaborar metas para reduzi-lo. Entre estes, citamos a RIO-92 que aconteceu aqui no Brasil e o tão famoso Protocolo de Kyoto em 97. Desta vez, em dezembro de 2009, houve uma nova reunião realizada na cidade de Copenhague, na Dinamarca. Ela chamou-se COP-15 ( 'COP' que vem de COPenhague e '15' por ser a décima quinta reunião realizada). Ela teve o objetivo de negociar, redigir e aprovar os termos da segunda parte do Protocolo de Kyoto. Esta que entrou em vigor em 2005 e expira em 2012. Inclusive em 2012, ja temos a Rio2012, a nova conferência que reunirá as nações novamente no Rio de Janeiro para, mais uma vez discutir as questões climáticas. O debate principal foi sobre a diminuição de gases causadores do efeito estufa, em especial o dióxido de carbono ( CO2).
Os desentendimentos a respeito das metas começaram quando os países ricos e pobres não quiseram assumir responsabilidades. As nações desenvolvidas também questionaram o cumprimento de metas obrigatórias para os emergentes. O assunto mais uma vez foi encerrado sem conclusão. É no mínimo estranho, os líderes vivem fazendo conferências e até hoje nós observamos poucos resultados.
A tendência é que aconteça uma abertura melhor dos norte americanos em relação as mudanças climáticas, já que o novo Presidente Barack Obama sugeriu que seu país diminuísse em 80% as emissões de gases de efeito até 2050, documento assinado em julho de 2009. E vale destacar que é o primeiro compromisso assumido pelos EUA desde que os debates sobre este tema começaram.
Mas, qual é a chance de sucesso?
Em uma visão panorâmica, o sucesso do acordo depende em grande parte da adesão dos Estados Unidos, segundo maior poluidor do mundo
Outro aspecto a ser levantado é a história de que somente os países desenvolvidos devem elaborar metas para a redução de CO2. É hora de parar com essa conversa fiada e nos unirmos em busca de um mundo 'unipolar' em relação as alterações do clima. O próprio Lula afirmou na conferência que o Brasil reduzirá em 40% suas emissões de gases até 2020 . É 40%, sim. E você ai, pensa que o Brasil não polui? Se sim, está enganado(a). Segundo um levantamento realizado no inicio do ano de 2009, O Brasil ocupa o 17º lugar no ranking dos países mais poluidores do planeta, lista que é liderada pela China, EUA, Rússia, Índia, Japão, Alemanha, Canadá, Grã-Betanha, Coréia do Sul e Irã.
A COP-15 não trouxe diferenças significativas para o meio ambiente. Isso tudo parece que vai deixar de ser uma questão ambiental e se firmar com uma posição geopolítica e estratégica. Saímos de Copenhague com uma certeza, a de que o temível aquecimento global não será resolvido apenas pelos governos. Ainda há muito a se fazer. Trata-se de uma questão de solidariedade. A luta continua. Vamos trabalhar para que em 2010 possamos dar um passo ainda maior e conquistarmos o maior número possível de pessoas conscientes do aquecimento global, para que assim possamos montar uma enorme corrente contra este efeito catastrófico.
Alem disso, a questão não é de simples solidariedade entre os civis. Temos a questão do ritmo de produção. Portanto a atividade industrial, ainda tem a maior parte da responsabilidade nas emissões e é por isso que se torna tão dificil um acordo entre as nações.
Enfim, nós do PlanetaIFSC acreditamos que a discussão até pode chamar a reponsabilidade individual, porém, para uma análise mais profunda, é de fundamental importância levantar a questão econômica!
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